Medalhista olímpico do atletismo e presidente da CBA visitam Alesc

O medalhista olímpico do atletismo Edson Luciano Ribeiro e o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBA), Wlamir Motta Campos, foram recebidos na Assembleia Legislativa nesta semana pela deputada Marlene Fengler (PSD). O ex-atleta e o dirigente da confederação cumpriram roteiro em Santa Catarina buscando firmar parcerias para estimular a modalidade esportiva no estado.

O atletismo brasileiro é a modalidade esportiva mais vencedora em jogos olímpicos, responsável por cerca de 20% das medalhas obtidas ao longo das competições, de acordo com o presidente da CBA. Campos disse que Santa Catarina é o segundo estado mais forte no atletismo do país, atrás apenas de São Paulo. No entanto, a estrutura de treinamento disponível aos atletas é bastante precária. Existem seis pistas de atletismo sintéticas no estado, das quais apenas três encontram-se em condições de uso.

No roteiro em Santa Catarina, o atleta e o dirigente esportivo visitaram Chapecó, Concórdia, Campos Novos, Rio do Sul e São José para conhecer a estrutura física disponível e conversar com atletas. A confederação busca firmar parcerias para oferecer melhores condições de treinamento em todas as regiões. “Para trabalhar atletas de alto rendimento precisamos de pistas de atletismo, materiais e equipamentos para que esses atletas possam despontar”, argumentou Campos. Ele citou o caso do atleta de arremesso de peso Darlan Romani, um dos principais expoentes do atletismo do Brasil, que é de Concórdia, mas não compete por Santa Catarina porque treina fora.

Ganhador da medalha de prata nos jogos de Sidney 2000 e da medalha de bronze nos jogos de Atlanta 1996, na modalidade revezamento 4x100m, Edson Luciano Ribeiro acompanhou o dirigente esportivo no roteiro de visitas, acompanhado de seu kit de medalhas e do bastão de revezamento que lhe garantiu a prata. Filho de um mecânico e de uma zeladora, o velocista aposentado participou de três olimpíadas e agora serve de inspiração para as novas gerações do atletismo. “Todas as vezes que eu vou encontrar com um jovem atleta eu levo esse kit de medalhas”, contou. “O atletismo me deu oportunidades. É possível sonhar com a medalha, é possível chegar lá.”

Atletismo
A deputada Marlene Fengler demonstrou entusiasmo com a possibilidade de apoiar o atletismo. “O esporte pode mudar a vida de uma pessoa. É uma alegria muito grande poder estar aqui com uma pessoa que conquistou duas medalhas olímpicas. Isso, sem dúvida nenhuma, mudou a realidade da vida dele, como vai mudar a realidade de várias crianças no Brasil”, projetou.

Na opinião de Marlene, é possível ter celeiros de atletas olímpicos no Brasil se houver incentivo e políticas públicas. A deputada disse que, ainda que não seja utilizada para o esporte de alto rendimento, mas como uma simples atividade de contraturno escolar, uma pista de atletismo, um campo de futebol ou qualquer outra estrutura esportiva podem proporcionar um futuro diferente para as crianças. “Nós, enquanto cidadãos, enquanto representantes, pessoas públicas, temos que defender isso [o esporte], buscar recursos, investimentos para que cada vez mais o esporte faça parte da vida das crianças, do cidadão brasileiro.

A deputada é conterrânea da jovem Tainara Mees, estudante de Itapiranga de 17 anos que conquistou uma vaga para representar o Brasil no Campeonato Sul-Americano de Atletismo Sub-20. Marlene disse que a jovem conquistou a vaga por mérito próprio e graças ao incentivo de seu treinador. Ela não tem dúvida de que Tainara pode se tornar uma atleta olímpica daqui a algum tempo. “Mas depende de estímulo e de condições para treinar”, ressaltou.

Fonte: Lisandrea Costa – AGÊNCIA AL

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