SC confirma primeiro caso da variante ômicron
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou o primeiro caso da variante ômicron do coronavírus em Santa Catarina.
O paciente é um homem de 66 anos, morador de Jaraguá do Sul, que retornou de uma viagem à África do Sul no início de dezembro.
Ele apresentou os primeiros sintomas no dia 9 de dezembro, permanecendo em isolamento durante o período de 14 dias, sob acompanhamento da vigilância epidemiológica municipal.
O idoso estava com o esquema vacinal completo e teve um quadro gripal leve, sem necessidade de hospitalização, mantendo acompanhamento com médico pneumologista.
Outros 56 casos de Covid-19 suspeitos da variante ômicron estão sendo investigados e monitorados nos municípios de Balneário Camboriú (1), Biguaçu (2), Camboriú (1), Florianópolis (46), Palhoça (2), Canoinhas (1), Santo Amaro da Imperatriz (1), São Francisco do Sul (1) e São José (1).
As amostras foram selecionadas no LACEN/SC a partir do uso de RT-qPCR de inferência de linhagens.
Conforme o superintendente de vigilância em saúde, Eduardo Macário, a variante ômicron é uma grande preocupação para a saúde dos catarinenses, considerando a sua característica de ter uma capacidade de transmissão muito maior do que as variantes já identificadas.
“Essa nova variante pode provocar uma interrupção na tendência de redução nos casos de Covid-19 em nosso estado. Dados do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos apontam que, em menos de uma semana, a variante ômicron passou a ser responsável por 73% de todos os casos confirmados nos EUA. Estima-se que mais de 100 mil infecções ocorreram em um único dia em Nova York, portanto essa nova variante não deve ser menosprezada”, alertou.
Macário afirma ainda que as vacinas em uso no Brasil se mostram altamente eficazes na prevenção de casos graves, hospitalizações e mortes.
“As primeiras informações apontam que as vacinas são eficazes, e protegem contra formas graves, hospitalizações e mortes pela variante ômicron. O estado tem doses suficientes para vacinar a população que ainda não iniciou, não recebeu a segunda dose e não recebeu a dose de reforço após quatro meses”, finalizou.
Ômicron
A variante Ômicron foi detectada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro de 2021, a partir de amostras retiradas de um laboratório cerca de dez dias antes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) , já se sabe que a ômicron é uma variante altamente transmissível e com grande número de mutações. Sinais e sintomas mais comuns: cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta.
Já se sabe que o vírus é transmitido por aerossóis, ou seja, por gotículas respiratórias expelidas quando uma pessoa fala, canta, tosse ou espirra, sem estar protegida pela máscara. O diretor da Dive/SC, João Augusto Brancher Fuck, ressalta que a população precisa de uma barreira de proteção, com o uso de máscaras.
“Medidas simples como uso de máscaras em ambientes fechados e em abertos em que não for possível manter o distanciamento, evitar aglomerações e dar preferência a ambientes ventilados são eficazes para reduzir o risco de transmissão. A etiqueta da tosse também é fundamental, ou seja, cobrir o nariz e a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar, e higienizar as mãos com álcool-gel”, disse.